Sobre o C.A.Bio e nossa avaliação...

sábado, 5 de dezembro de 2009

No final do ano de 2007 findou-se a última gestão do Centro Acadêmico de Biologia (C.A.Bio) da UFAL, por um esvaziamento demasiado dos integrantes. Até novembro de 2008 os estudantes ficaram sem a mínima representação, tendo esta de volta no ano de 2009 com a atuação da nossa gestão, “Quebrando a dormência”, que contava, inicialmente, com nove participantes orgânicos.


Era uma chapa formada quase que totalmente por novos integrantes do movimento estudantil (M.E), que não estavam esclarecidos do que de fato “isso tudo” viria a ser. A situação era agravada por não termos uma referência na qual se “espelhar”, tanto pelo esvaziamento da grande maioria dos membros da antiga gestão não dando seqüência ao processo e pelo distanciamento e isolamento do ICBS do campus da UFAL não possibilitando o contato com a realidade de outros cursos, quanto pelo quadro nacional de grande refluxo do M.E que dificulta sua organização, o que acaba gerando uma gigantesca apatia dos estudantes universitários para com o movimento.


Ao decorrer do ano, boa parte dos membros foi se afastando do Centro Acadêmico, por priorizar outras atividades (em conseqüência, em partes, dos fatores acima citados), alguns apareciam apenas nas reuniões, mas não pegavam tarefas, o que acabou sobrecarregando as pouquíssimas pessoas que de fato acreditaram na reconstrução do C.A.Bio e se doaram para tal.


A partir disso, vamos nos deparar com uma gestão que não realizou “muitas coisas” e nem conseguiu dialogar plenamente com os estudantes por falta de pernas. Não conseguimos, por exemplo, efetivar simples propostas que defendemos em nossa candidatura como a Biblioteca de Xerox ou o Circuito CineBio, por pura desorganização interna.


Em contrapartida conseguimos realizar alguns eventos como a Calourada e as Semanas do Fera, que avaliamos como pontos positivos para o nosso curso proporcionando um contato inicial e uma recepção - no mínimo interessante - para os novos estudantes do curso de Ciências Biológicas. Além de:


- Tentarmos trazer espaços de descontração que teriam como função promover a dinâmica e aproximação entre os alunos, os BioBARes;


- Proporcionamos também alguns espaços de discussão, os BioCAFÉ’s, que tem como princípio contribuir com a formação do(a) biólogo(a), que foram abertos à quem estivesse disposto à participar;


- Levarmos a representação dos estudantes de Biologia aos Conselhos de Entidades de Base, Reuniões de Colegiado (licenciatura e Bacharelado), Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Congresso do DCE;


- Termos retomado a participação da UFAL na Entidade Nacional de Estudantes de Biologia (ENEBio) participando de seus espaços ao longo do ano, construindo o Conselho Regional de Entidades de Biologia (COREBio) e assumindo mais duas estruturas referentes à entidade (organização e diagramação dos materiais produzidos e o CONEBio Extraordinário);


- Promovermos um Ciclo de Palestras;


- Começarmos a realizar Assembléias Estudantis, no intuito de ouvir os anseios dos estudantes e reaproximá-los do C.A. e do movimento;


- Termos, minimamente, conseguido um diálogo com os estudantes de licenciatura acerca da problemática dos TCC's, onde a idéia seria de que os mesmos fossem obrigatoriamente voltados à Educação, limitando a formação e atuação do licenciado. Como resultado desse diálogo e de intervenções no Colegiado de Curso, conseguimos a não efetivação dessa “proposta”, podendo ser feito o TCC em qualquer área da Biologia, tendo, se possível, um viés educacional.


- Fundamentarmos discussões sobre a implementação do novo modelo de expansão da universidade e os reflexos que esse modelo provoca/provocará. Levando à construção de um documento referente à problemática das monitorias, junto com alguns estudantes que se mobilizaram e procuraram o C.A para lutar por um aumento de bolsas e vagas para monitoria no nosso Instituto com o apoio, inclusive, dos professores, das coordenações e da direção.

No fim das contas, quando o grupo começou a se mostrar organizado e os membros que se afastaram começaram a retornar com vontade de continuar a construção, nossa gestão se encerrou no dia 02/11/2009.


Avaliamos que demos um passo importantíssimo, porém não tão grande assim, para que se dê a reorganização do movimento estudantil de Biologia da UFAL.


É com satisfação, mas não tanta (por conta dos inúmeros erros que viemos a cometer), que encerramos nossa gestão e esperamos, com toda a franqueza do mundo, que tenhamos quebrado um pouco da dormência nos estudantes do curso e que estes possam, a partir de agora, ter o Centro Acadêmico como uma referência, como uma ferramenta que possa viabilizar lutas por melhorias para nosso curso, como um instrumento que nos proporciona engrandecer nossa formação e que possamos ter, de fato, uma entidade que venha a representar os estudantes do Curso de Ciências Biológicas em ambas as modalidades e não só um pequeno grupo de pessoas esquisitas que se isola dentro de uma sala quente e cheia de mosquitos para “discutir política”.

Saudações,

Coletivo “Quebrando a dormência”

03/02/2009

Sobre o VI ConDCE e a participação da Biologia...

O Congresso do Diretório Central dos Estudantes Quilombo dos Palmares (ConDCE-UFAL) é a instância máxima deliberativa do movimento estudantil de nossa Universidade, onde nele são discutidas e deliberadas ações que irão nortear a atuação da próxima gestão que venha a assumir a diretoria desta entidade (DCE) em âmbitos locais, regionais e nacionais.

O Congresso tem periodicidade máxima de dois anos e a gestão vigente “Amanhã vai ser outro dia” priorizou a construção do mesmo entre suas atividades, sendo realizado no período d
e 12 a 15 de novembro o VI ConDCE. O curso de Biologia foi representado por 6 delegados, todos membros orgânicos do C.A.Bio-UFAL, eleitos pelos estudantes do curso no dia 06/11/2009, que garantiram a participação durante todo o evento.

O presente ano, para o movimento estudantil (M.E) em geral, foi reflexo de um grande refluxo, onde se tornou muito difícil organizar os estudantes, não existindo, portanto, grandes lutas e mobilizações, mesmo com o REUNI e suas conseqüências vindo a toda a cada dia.


Diante deste quadro, o VI ConDCE veio com grande peso, pois as decisões nele tomadas apontam para uma significativa mudança na organização do movimento estudantil da UFAL.


Reafirmou-se o
não reconhecimento da União Nacional dos Estudantes (UNE) enquanto entidade representativa e ratificou-se a desfiliação do nosso DCE para com a entidade.

Traçou-se um projeto político que toma como base princípios do Socialismo. Entendendo que vivemos numa sociedade de classes onde há uma luta entre o trabalho e o capital,
o DCE se coloca, então, do lado do trabalho, afirmando uma aliança operário-camponesa-estudantil. Defendendo, por exemplo, uma extensão da universidade às comunidades circunvizinhas.

O DCE-UFAL irá priorizar uma
luta por mais verbas para a educação, pela universalização da educação superior e da assistência estudantil, por mais professores e estrutura física, se mostrará contra a reforma universitária do governo Lula, especialmente pela revogação do REUNI, articulando com os movimentos sociais uma ampla campanha por ela. Também lutará pela revogação do PROUNI e por transferência das verbas e dos estudantes beneficiados para as universidades públicas.

Este foi um congresso estatuínte, onde se reformulou boa parte do antigo, falho e problemático estatuto que regia o DCE-UFAL, que não acompanhava o crescimento da UFAL decorrente dessas novas políticas públicas, efetivadas no governo Lula, para as universidades no Brasil, dificultando, por exemplo, o diálogo direto e efetivo com os novos pólos no interior de Alagoas.


Aprovou-se neste congresso um novo modelo de diretoria,
a diretoria ampliada, onde teremos, nas próximas gestões, representação do DCE nos campi da UFAL (Maceió, Agreste e Sertão), proporcionando uma aproximação com o cotidiano dos estudantes do interior, unificando e fortalecendo o M.E de nossa universidade.

Também foi aprovada
a proporcionalidade nas eleições, onde a diretoria do DCE será composta por várias forças do movimento estudantil e não apenas por uma força majoritária como foi até então.

Além das ações citadas acima, foram aprovadas diversas outras propostas que irão nortear a próxima gestão, que constam em anexo junto ao novo Estatuto do DCE-UFAL.


O
C.A.Bio apoiou as principais deliberações (citadas acima) por compreender que para que ocorra de fato uma ascensão do M.E na UFAL e se possa encampar lutas dentro da universidade, hoje, é necessária toda uma modificação nos padrões que vínhamos tendo.
Compreendemos a relevância dessas alterações e estamos dispostos a efetivá-las das formas mais coerentes e justas para que possamos de fato vir a ter uma universidade gratuita e de qualidade que atenda às necessidades da população.


Centro Acadêmico de Biologia – UFAL
Gestão “Quebrando a dormência”
01/12/2009
 
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